10 de maio de 2009

une autre année sans toi

E cá estou... o segundo dia das mães sem ti. Quem diria, hein?? Pra quem achou que não ia sobreviver ao primeiro!
Te digo uma coisa, agora que o pior passou, fiz isso por ti. Resolvi seguir tuas palavras. (sei que devia ter feito mais isso)
Queria que tu visse como as coisas estão agora. O Rico está tão bem!!! Tá na escola, tem amigos, sai sozinho... ontem até o levei pra festa!
Eu estou no caminho certo, acho. Graças à ti achei a carreira certa, ganhei um pai e nunca me dei tão bem com o Rico. E conheci uma pessoa que gostaria de ter te apresentado. O primeiro desde aquela bronca quando me separei do Mr. L, lembra??? "Nunca mais me apresenta ninguém, snif snif! Eu me apego e depois fico sofrendo!!! snif snif" Pois é, esse valeria a pena. Mas, putz, tu estarias chorando agora! Bom, não se pode ter tudo. Tu não o conheceste mas ele sabia tanto de ti que parecia ter convivido contigo por uma década! Tadinho, um ano e meio ouvindo "As Aventuras de Dona Lena". E o pior é que ele gostava! E me deu força quando eu disse que nossa filha se chamaria Lena.
Fiz numas besteiras também. Desculpa, mãe. Mas acho que o saldo é positivo.
Ainda não aprendi a dormir sozinha, preciso de uns drinks pra relaxar e pegar no sono, mas no drugs! Não te preocupa.
No dia das mãe do ano passado fui com o Rico pra Nova Petrópolis, lembra que tu querias morar lá? Foi bem bacana, até vimos umas casinhas que tu ias adorar. Passeando por lá me lembrei daquela nossa viagem à serra, só nós duas. Lembra o que foi?? Compras em N.P., um ônibus pinga-pinga até Canela, jantinha com vinho na frente do hotel, conchinha na hora de dormir, pic-nic pela rua, mais compras em Canela... Te senti tão minha!! Adorava ter minha mãezinha só pra mim.
Esse ano o Rico arrumou coisa melhor pra fazer e eu fiquei sozinha. Mas aproveitei o dia pra ver nossas fotos. Não quis te visitar. Desculpa se não tenho ido muito ultimamente, mas estou achando meios de me sentir perto de ti fora de lá. Machuca muito, tu entende, né?
Era tudo tão diferente antes! Mais fácil, menos assustador. Quem sabe a diferença esteja só em mim. Sem ti eu vi que estou sozinha, que todos estamos. Agora não tem mais o ninho pra onde voltar depois das andanças pelo mundo. Não tem mais quem passe a mão na minha cabeça quando eu faço besteira e ninguém entende quando tenho pic-nic sozinha. C'est la vie. Depois de tudo o que tive ao teu lado, não posso reclamar.
Queria te mandar isso em uma carta, com uma letra bonita em um papel amarelo, mas não sei pra onde mandar. Então fica aqui, quem sabe não tenha um acesso por aí?

Te amo tanto que dói!
Narizinho....

S.

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