2 de julho de 2009

ensina-me

Cinco dias.
Geralmente é esse o tempo que levo digerindo o que me toca. Lembro, relembro, vasculho os menores detalhes, até que tudo se encaixe e eu consiga ver o a transformação que isso sofreu dentro de mim.
Há cinco dias fui ao teatro assistir a peça "Ensina-me a viver" baseada no filme Harold and Maude.
Fecho os olhos e vejo o jeitinho meio maluco de Maude, o desjeito de Harold e aquela música linda... Glória Menezes É sim a rainha das atrizes brasileiras (apesar do meu preconceito com atores de novela) . E Arlindo Lopes foi uma surpresa agradabilíssima com suas traquinagens em busca da simulação de suicídio mais real enquanto descobria a poesia da vida.
Maude tem 80 anos, ama a vida mas acha que já viveu o que basta e frequenta funerais de desconhecidos pra ver que o ciclo tem fim. Harold é um menino de 20 que ainda nem começou a viver mas acha que a morte é o que o faz vivo. Em um desses funerais eles se encontram. Ver o surgimento desse amor é como assistir um nascimento, com todas as possibilidades que o futuro dá.
Faz realmente pensar sobre o ciclo. Dá vontade de amar, de viver e, por que não, de acabar. A visão que Maude tem da vida parece um sonho, nos faz querer entrar e viver em um mundo onde cada segundo é um mágico com surpresas na cartola.
É o teatro em sua verdadeira essência. Um espetáculo tão lindo quanto o que podemos fazer de nossas vidas.

No fim, Harold diz que a ama e Maude responde: "Isso é maravilhoso! Vá e ame mais!"
Vou pegar emprestado seu conselho.

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